Surf e Liberdade: A Essência dos Surfistas Brasileiros da Deus Ex Machina

Nem tudo no surf é sobre competição. Algumas almas deslizam sobre as ondas sem destino traçado, guiadas apenas pelo instinto e pela conexão com o oceano. Na Deus Ex Machina, o surf é uma expressão de liberdade, uma linha efêmera que se desfaz na água, mas permanece na memória. E nessa sintonia vivem Alexandre Wolthers, Andrew Serrano e Dário Costa – três surfistas que não seguem roteiro, só seguem o mar.

Nascido em Santos, berço do surf brasileiro, Alexandre “Xande” Wolthers @mr.wolthers cresceu sob a influência das ondas e do pai, um dos pioneiros do esporte no país. O caminho de Xande nunca seguiu o convencional, enquanto muitos perseguiam troféus, ele buscava experiências. Seguiu explorando pranchas, formatos e sensações. Foi um dos responsáveis por reviver o log surfing no Brasil e ganhou reconhecimento em projetos como hidrodinâmica e filmes como Sambarama. Seu espírito nômade dos mares, o levou a remar entre picos tropicais e tubos congelantes na Noruega. Entre pranchas assimétricas e longboards clássicos, Xande surfa o tempo como se não houvesse ontem nem amanhã. Apenas o agora.

Andrew Serrano @andrew__serrano não se prende a um lugar. Vive entre Brasil e Indonésia, entre o asfalto e o horizonte azul infinito. Seu surf reflete essa inquietação – fluído, espontâneo, sempre pronto para novas descobertas. Apaixonado por pranchas retrô, ele transforma cada sessão em uma redescoberta, alternando entre shapes que desafiam a lógica e ondas que exigem respeito. Ele enxerga o surf como uma forma de expressão, onde cada queda ensina algo novo e cada remada reforça sua conexão com o oceano.

Dário Costa @dario_costa tem a intuição como guia, seja na cozinha ou no mar. Cozinheiro por essência, surfista de alma, aprendeu a sentir os ingredientes com a mesma sensibilidade que lê o oceano. Depois de rodar o mundo entre fogão e prancha, encontrou um equilíbrio perfeito entre suas paixões: o calor do fogo e a fluidez do oceano.  Mais do que um refúgio, o surf é parte de seu processo criativo. Ele sabe que cada onda tem um tempero único, e cada prato que cria carrega um pouco da maresia que sente ao deslizar sobre a água. Para ele, seja na cozinha ou na prancha, tudo é sobre harmonia e autenticidade.

Xande, Andrew e Dário não surfam para vencer, surfam para sentir. São exploradores da natureza, movidos pela mesma energia que impulsiona cada remada e cada queda. O surf deles não cabe em rankings ou manobras ensaiadas – é puro estado de liberdade.  Na Deus Ex Machina, não importa o destino, mas sim o caminho. E para esses três, o caminho sempre passa pelo mar.

 

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